segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O que impulsiona um ambiente criativo?

Sem liberdade, não há criação! Ótimo texto do Chocoladesign:
Quem trabalha com criatividade entende que existe uma distância razoável entre um ambiente ideal para a fluidez da sua criatividade, e o que temos como padrão de empresa formal.
Exercendo esse papel criativo, eu viajei nos extremos desses dois mundos em pouco tempo. E foi trabalhando noestúdio Cafundó que eu cheguei a seguinte conclusão: os grandes poderes da Liberté, Egálité e Fraternité trazem grandes responsabilidades – parafraseando o tio Ben com uma xícara de ideias iluministas de mais de 150 anos.
Esse post é sobre pessoas e ambientes criativos, com medidas que você pode (e deve!) tomar para fazer uma equipe bombar.

Poder da Liberté!

Sinta-se em casa. Não tão em casa ao ponto de andar de cueca por aí, obviamente, mas ao ponto de sentir-se livre para ser e agir. O sentimento de não estar enclausurado deixa a mente mais leve, livre e solta para voar pelos horizontes do criar. (oh!) Liberdade também para aumentar o seu conhecimento: ler, pesquisar, se inspirar; tudo isso faz parte de um processo de execução impecável.

O que facilita a liberdade?

Uma conexão a internet livre e sem bloqueios: Facebook, Twitter, Tumblr, porn, tudo liberado para todos.
Uma mesa de ping-pong: quando o job estressar, enquanto o software renderiza ou quando a vista começa a cansar, faça um esportezinho que lhe permita mexer o esqueleto, distrair a mente de preocupações, divertir-se e te dê o novo ânimo para lidar com o Windows travado.
Um horário compreensível e flexível: nosso horário, das 12h às 20h, encaixou como uma luva para a equipe. Dá pra atender cliente, fugir do trânsito, trabalhar sem intervalo de almoço e ainda enrolar um pouco mais na cama, ou ter um período para resolver a vida. Cada equipe tem seu ritmo e as suas necessidades, claro. Mas quando o horário entende as queixas da sua vida assalariada, vixe, é outro nível.

Poder da Égalité!

Sinta-se com o poder da palavra: interaja, dê feedback, peça feedbacks. Mas para isso, é preciso se cercar de pessoas experientes, positivas e de mente aberta. Não tenha medo de aprender com os outros, e não tenha medo de ensinar para os outros.
E não precisa ser fechado na sua área. Esta mescla de expertises pode, sim, ser muito positiva. Quando as pessoas estão dispostas a ouvir e a acrescentar o conhecimento dos outros, tudo flui melhor.

O que facilita o Poder da Égalité?

Um ambiente aberto: deixar todos sob o mesmo teto. Isso estimula a conversação, a troca de ideias e diminui a distância entre as pessoas.
Uma mesa sem baias: Apesar de tudo, baias são legais – quando você precisa se concentrar numa prática. Mas afinal, é para isso que existem fones de ouvido. Tem diversas soluções por aí: mesas com rodinhas, uma grande mesa redonda pra galera…
E acima de tudo, forçar uma cultura de conversação entre as pessoas.

Poder da Fraternité!

Sinta-se com a galera. Engajamento puro e espírito de equipe. A noção de responsabilidade coletiva – no sentido de que um vai cobrando o outro para que a coisa aconteça da melhor forma para os dois – é natural e positiva. Um deve ter confiança na capacidade e no prazo do outro, e assim se cria uma relação forte de trabalho.

O que estimula o Poder da Fraternité?

Um momento social: happy hour pode ajudar a diminuir a distância entre as pessoas e gerar vínculos mais efetivos. Apesar de serem esferas diferentes – a social e a profissional – nenhum ser humano vive só de uma ou só de outra.
Esses poderes só fazem sentido quando as pessoas deste ambiente tem a mente aberta, pois assim está disposto a aprender com o coleguinha.
E acima de tudo, esses poderes só geram resultados quando a máxima do tio Ben é alcançada.

Escrito por:

Lola de Assunção - Catarina de nascença, designer por formação e encantada por branding e cultura japonesa. Atua como brand connector do Cafundó Estúdio Criativo enquanto não está imaginando se marca fosse gente.

domingo, 11 de agosto de 2013

Marketing do Criador

A arte tb é uma válvula de escape. Veja, uma moça passou num concurso público e passa o dia fazendo tarefas que ela considera enfadonhas. Mas qdo chega em casa, ela cria um blog de moda, e depois vai à aulas de desenho de moda e sente realizada.
Alguém aguenta os gritos do chefe, e chega em casa e pinta um desenho com cores fortes e assim consegue por pra fora a raiva que sente.
Outra pessoa toma um fora da namorada e escreve um poema, ou uma canção e se sente aliviado por se expressar.
Qto mais a vida foge do controle, maior é o número de pessoas que precisam da válvula de escape.
Então, este tb não é um forte público alvo? Pessoas que nunca desenharam/ costuraram, fizeram escultura, que acham que nem tem mto talento, mas que se poderiam participar de algo assim que as fizessem se liberar das pressões?

Estive numa empresa de software em que vários programadores adoravam palpitar na área de design pq era uma forma de dar vazão a esta necessidade de arte. Eles passavam o dia só programando, corrigindo códigos e vendo telas azuis. Sempre que tinham uma oportunidade, olhavam para o design.
Além do que, a arte promove a auto-estima. Este é outro ponto que pode ser aproveitado. Existem mtas crianças, adolescentes tímidos que são ótimos público-alvo. Através da arte eles podem se expressar, já que aquilo que as pessoas criam, é o espelho do que elas são.
Novamente, fazer produtos personalizados sempre serão uma boa ideia para as empresas que querem agradar o público do criador. Brindes personalizados, como canecas com os desenhos que elas mesmas fizeram agradam o criador. 
Caprichar na loja ou na empresa que vende o produto para o criador é essencial. O criador, como dizem por aí é mto "reparadeiro". Sim, ele vê de cara se o lugar está mal arrumado, e vai torcer o nariz se tudo for bege ou cinza monótono.
Seja criativo para atrair criativos! eles não vão querer associar a sua imagem a uma marca comum ou desleixada.
Abaixo, as maravilhosas garrafas de Absolute. Totalmente personalizadas. Quem compra uma garrafa desta compra vodka? A vodka é só um detalhe. Quem compra, guarda a garrafa, coleciona, compra arte.




As organizações do criador

As pessoas criadoras querem e precisam ter grande liberdade de ação para expressarem sua criatividade.
O que acontece se uma empresa contrata vários criadores e os trata com o foco na produção? Bom, elas não produzem! Se ressentem e vão embora. 
A alternativa - baixar a qualidade - não existe, já que as pessoas deste arquétipo evitam vender-se ao mercado.
Em geral, a qualidade é muito importante. A pechincha para elas, é como desvalorizar o produto, desabona a importância do seu trabalho. Se o criador pode pagar, ele escolhe o melhor produto ou serviço.
Autonomia no trabalho é essencial. Geralmente nas boas empresas do criador, os colaboradores controlam o próprio tempo de entrada e saída, além da maneira como realizam uma tarefa.
As roupas são informais ou extravagantes - mostrando por fora como se sentem por dentro.
O criador pode ter problemas com o perfeccionismo. Estoura prazos facilmente pq demora para ficar satisfeito com a sua arte. 
Em uma organização do criador, o mais importante não é o dinheiro, é a beleza.



Produtos do criador

A maioria das pessoas tem algum meio criativo de expressão. As pessoas pintam, costuram, fazem marcecnaria, jardinagem, decoram a casa, usam maquiagem, entre outros.
Um produto antigo do criador é a máquina de costura. Curiosamente foi a Singer, que tb inventou o pagamento em prestações, em 1845. As máquinas de costura eram mto caras e a classe média (público alvo) não conseguia pagar à vista por elas.
Por falar em moda, Channel revolucionou a moda, não só pelas criações maravilhosas e práticas que ela fez, como tb pq ela criou uma maneira nova das pessoas se expressarem. Usar Channel, significa alguma coisa. Significa ser prática, elegante, criativa. 
Channel com certeza foi uma mulher do arquétipo do criador. Movida pela vontade de se expressar.
Abaixo segue o meu adesivo da Channel, que eu fiz, por causa do meu arquétipo do criador precisando se expressar:

http://www.autenticaarte.com
Outros produtos, serviços e marcas são: Faber Castell, Derwent Watercolor, Galaxy Note, Ipad, Imaginarium, revistas de HQ, brinquedos inspirados em personagens.


O Criador

Pessoas do arquétipo do Criador tem naturalmente muitas ideias e ficam satisfeitas em verem essas ideias tomarem formas.
Naturalmente expressivo, original e criativo, que gosta de demonstrar a sua criatividade e muitas vezes são capazes de motivar o pensamento criativo em outros.
Sobre o criador:
Desejo: criar algo de valor, duradouro, reconhecimento.
Meta: dar forma às ideias.
Medo: ter uma visão medíocre, trabalho medíocre.
Estratégia: desenvolver controle e aptidão na área artística.
Tarefa: criar cultura, expressar a própria visão.
Armadilha: perfeccionismo, criação equivocada.

Pessoas deste arquétipo têm a necessidade de criar e inovar. Olham para as coisas e imaginam que elas poderiam ser de outra forma. Se não podem criar, se sentem sufocadas.
Não gostam do que é comum. Expressam sua criatividade em suas roupas, casas, escritórios, etc.
Os criadores temem que suas criações sejam julgadas severamente pelos outros. Embora eles mesmos possuem um senso mto crítico em relação à própria criação. Geralmente todo criador é altamente perfeccionista. Como resultado, temem dar ouvidos a essa voz interior e nunca terminar uma obra.

Para o criador, estruturas determinam resultados. Cada criador tem uma visão, que é a oportunidade de expressar a si mesmo. Então um criador não gosta de dar continuidade ao trabalho de outro, como por exemplo, usar alguns desenhos já prontos de outro artista para um composição. Ele tem a necessidade de começar sua estrutura do zero. Neste ponto são parecidos com políticos. Valorizam a estrutura. Cada um tem a sua visão. 
Hoje existem mtos programas de tv voltados para o criador. Ser criador não é só fazer escultura ou pintura, é dar forma a uma estrutura. Aí entra os programas de emagrecimento - um personal trainer visualiza o potencial e quer (literalmente) mudar a forma daquela estrutura. Quer recriar:


E apesar das mulheres terem voltado ao mercado de trabalho a um bom tempo, o arquétipo do criador, voltado para o lar, ainda é bem forte, como mostram os diversos programas de culinária, de decoração, artesanato, moda...etc:


Os criadores adoram desmantelar velhas estruturas para criar novas. É isso que a maioria dos consultores, especialmente os de marketing fazem. Mesmo que não trabalhem com a arte, podem ter o arquétipo do criador dentro de si.

Aí embaixo segue a minha poltrona. Ela é super antiga, eu reformei duas vezes, primeiro em zebra e depois deixei bem colorida. Agora, pq eu não comprei uma poltrona nova? Pq o meu arquétipo do criador me faz querer, eu mesma por a mão na massa e reformar - me expressar. Então produtos e serviços que me dão esta oportunidade são mto atraentes para mim. Criador não quer tudo pronto. Quer fazer!
Odeia produtos em massa - commodities. Quer tudo personalizado.